sexta-feira, 1 de maio de 2009
SHIRLEY TEMPLE
Shirley Jane Temple nasceu em Santa Monica, no dia 23 de abril de 1928 é uma atriz e diplomata americana. Ela não só foi a maior estrela mirim da década de 1930 como também é considerada a mais famosa de todos os tempos. Seus filmes continuam bem populares até os dias de hoje.
Shirley começou a ter aula de dança com três anos de idade e foi contratada para participar de uma série de curtas chamadas "Baby Burlesks", que parodiavam estrelas e astros adultos, mais notadamente Marlene Dietrich. No mesmo ano, atuou numa sucessão de curta metragens e filmes, incluindo "Little Miss Marker", "Change of Heart", "Now I'll Tell", "Now and Forever" e "Bright Eyes" (no qual cantou seu mais popular sucesso "On The Good Ship Lollipop").
Ganhadora de um Oscar especial aos seis anos de idade, Temple foi a salvadora da Fox e do público na época da Grande Depressão. Inclusive o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt sucumbiu a seus encantos e lhe agradeceu por "ter feito a América atravessar a Grande Depressão com um sorriso". Shirley foi campeã de bilheteria de 1935 a 1938 com seu eterno otimismo e seu sorriso vencedor. Aposentou-se do cinema em 1949, e em 1967, se candidatou ao cargo de representante do estado da Califórnia no congresso norte-americano, mas não obteve êxito. Nos anos de 1969 e 1970, foi delegada junto às Organizações Nações Unidas (ONU). Também foi embaixadora americana em Ghana (1974-1976), foi chefe de protocolo para o presidente Gerald R. Ford (1976-1977) e membro da delegação americana que tratava dos problemas dos refugiados africanos (1981). De 1989 até 1992, Shirley Temple serviu como embaixadora na Tchecoslováquia.
Ela produziu duas obras autobiográficas sobre sua infância "My Young Life" (1945) e "Child Star" (1988).
Shirley casou-se duas vezes, a primeira com John Agar (45 a 49) com quem teve um filho e com Charles Black (50 a 2005, falecimento dele), com quem teve mais dois filhos.
Curiosidades
Shirley, com apenas 6 anos, ganhou uma mini-estatueta simbólica em 1935 por sua contribuição ao cinema.
Em 2004, a Legend Films restaurou e colorizou todos os filmes de Shirley Temple produzidos originalmente em preto e branco nos anos 30.
Shirley Temple apareceu em um desenho animado do Pato Donald chamado "The Autograph Hound" ("O Caçador de Autógrafos") de 1939, onde ela própria dublou a voz de sua versão em desenho animado. Antes disso ela também havia aparecido em um desenho de Walter Lantz produzido em 1934, chamado "Toyland Premiere" (no Brasil ganhou o título de "O Desfile de Natal"), porém neste desenho ela não dublou sua própria voz.
Shirley também tem uma rápida aparição em um episódio do Mickey Mouse de 1936, intitulado "Mickey's Polo Team" ("O Time de Pólo do Mickey"), onde aparecem várias celebridades conhecidas em Hollywood na época. Ela aparece sentada em uma arquibancada junto dos Três Porquinhos, Prático, Heitor e Cícero, provocando o Lobo Mau, que era um dos jogadores de Pólo.
No México a voz de Shirley Temple era dublada pela atriz María Antonieta de las Nieves (conhecida pela personagem Chiquinha no seriado Chaves).
Um diretor ao rodar uma cena que exigia muitas lágrimas da pequena atriz, mentiu para Shirley, dizendo que seu cachorrinho de estimação havia morrido. Neste dia o diretor conseguiu rodar só esta cena, porque depois desta notícia, Shirley não conseguiu mais se concentrar nos textos seguintes.
Shirley Temple foi a criança mais fotografada no mundo, e estrelou mais de 40 filmes e 50 produções para televisão.
Ela foi a primeira mulher na história a servir como chefe de protocolo.
Shirley contou depois de adulta que deixou de acreditar em Papai Noel aos seis anos de idade, quando a mãe dela a levou em uma loja para o conhecer, e o homem vestido de Papai Noel lhe pediu um autógrafo.
Em 1935, durante a Grande Depressão, o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt agradeceu Shirley Temple por fazer a América atravessar aquele triste período com um sorriso. Ele declarou: "During this Depression, when the spirit of the people is lower than at any other time, it is a splendid thing that for just 15 cents an American can go to a movie and look at the smiling face of a baby and forget his troubles." ("Durante esta Depressão, quando o espírito do povo está mais triste do que em qualquer outro momento, é uma coisa magnífica que por apenas 15 centavos, um americano pode ir ao cinema e olhar para o rosto sorridente de um bebê e esquecer de seus problemas.").
No livro Memórias da Emília escrito em 1936 pelo escritor brasileiro Monteiro Lobato, a boneca Emília inventa em seu livro de memórias uma viagem à Hollywood onde ela e o Visconde de Sabugosa se encontram com Shirley Temple.
No episódio "O Último Sapateado em Springfield" da série Os Simpsons, aparece uma personagem chamada "Vicki Valentine", uma ex-atriz infantil, mais conhecida como "Pequena Vicki", ela é uma sátira a Shirley Temple. Em uma das cenas do episódio também aparece uma sátira de um de seus filmes, na cena em questão é exibido um filme em preto e branco na TV, estrelado pela Pequena Vicki, onde um homem negro ensina Vicki a dançar sapateado. A cena satiriza o filme "The Little Colonel" (1935), onde o ator Bill Bojangles dança e sapateia com Shirley Temple. No mesmo episódio também há uma paródia de uma das canções mais famosas cantadas por Shirley "On the Good Ship Lollipop", que no episódio se tornou "On the Spaceship Lollipop".
No filme Shrek Terceiro, há uma cena em que o "Homem-Biscoito" cantarola a música "On The Good Ship Lollipop". Na dublagem brasileira do filme, a música foi substituída por "Pirulito que Bate Bate", porque a outra não era muito conhecida no Brasil.
Shirley Temple é citada no filme Uma Cilada para Roger Rabbit de 1988. Quando Roger encontra o táxi Benny, batido em um poste, há o seguinte diálogo, Roger Rabbit: "Benny! É Você?!", Benny, o Táxi: "Não, é a Shirley Temple!".
Em um dos primeiros filmes de Shirley Temple, "Baby Take a Bow" de 1934, há cenas que hoje em dia podem ser consideradas fortes para as crianças, que envolvem armas de fogo e facas. Alguns adultos, podem achar essas cenas um pouco assustadoras para o público infantil. Há também algumas cenas que envolvem objetos perigosos, como uma cena em que Shirley Temple ainda com 5 anos, tem que manusear uma grande faca, quando vai ajudar a libertar um homem, que ela ainda não sabia que era um bandido, e usa a faca para cortar as cordas.
O penteado que Shirley Temple usava tinha exatamente 52 cachos. A mãe de Shirley, Gertrude, era quem prendia os seus cabelos e os dava forma, e os amarrava pouco antes dela ir dormir. Também aplicava produtos para que ficassem mais loiros. Shirley quando ia nadar não podia mergulhar os cabelos na piscina, podia apenas umedece-los, usando tocas de banho uma sobre a outra. Ela também tinha que ter cuidado nas ruas com a perseguição de "caçadores de souvenirs", que queriam um cacho de seus cabelos como recordação.
Em todos os lugares em que ia, Shirley tinha de ser escoltada por um agente federal que o governo mantinha para sua proteção. Porque assim como outros astros de Hollywood, Shirley, mesmo sendo criança, não estava livre da inveja e calunia. Haviam ainda vários boatos maldosos sobre a atriz, alguns tão fantasiosos, que eram dificeis de se acreditar, como um boato que dizia que Shirley era na verdade uma atriz anã de 30 anos (ou "a 30 year old midget."). Outros rumores que surgiram na época era que Shirley era uma órfã adotada pelo casal Temple com o propósito de exploração, outros diziam que depois de algum tempo ela já estava tão crescida, que o estúdio tinha que colocar nos cenários móveis especiais em tamanho grande para que ela parecesse menor, ou que estaria ficando tão obesa que exigiam dela uma dieta rigorosa do contrário seria o fim de sua carreira, ou que a obrigavam a lixar os dentes para os manter sempre pequenos, conservando assim sua aparência infantil.
Seus dentes, ao contrário do que diziam os boatos, nunca foram lixados para fazer com que pareçam dentes de bebê. O único trabalho artificial que já foi feito nos dentes de Shirley, foi quando ela perdeu um dente de leite da frente, e os diretores a aconselharam a substituir por um minúsculo dente falso durante as filmagens.
Em 1938 Shirley Temple entregou a Walt Disney um Oscar especial e sete mini estatuetas, representando a Branca de Neve e Os Sete Anões, uma das maiores obras animadas da história. Durante a entrega, Disney tentou conter a emoção. Mas quando a pequena Shirley lhe disse: "Não são bonitos e brilhantes, não está orgulhoso Sr. Disney?" Ele respondeu: "Sim, estou tão orgulhoso que poderia chorar". Shirley então pediu graciosamente: "Não faça isso!". Os dois foram aplaudidos de pé pelos convidados, admirados.
Shirley chegou a ser escalada para interpretar o papel de Dorothy no filme O Mágico de Oz, mas a 20th.Century Fox negou-se a emprestá-la. Então a atriz de 16 anos Judy Garland, que já havia sido cogitada antes, mas era considerada a princípio velha demais para o papel, acabou protagonizando o filme, após um trabalho de maquiagem que ajudou a disfarçar sua idade.
A apresentadora mirim Maísa Silva do SBT, teve seu visual inspirado nos vestidos, e penteado de Shirley Temple. Segundo a Revista Veja, Silvio Santos teria notado a semelhança de Maísa com Shirley Temple aos 5 anos de idade, e teria tido a ideia de usar o mesmo visual de Shirley para Maísa. Segundo a revista, o próprio Silvio teria selecionado fotos de Shirley Temple que, penduradas no camarim, inspiram os figurinistas e cabeleireiros responsáveis por deixar Maísa parecida com Shirley. Essa informação acabou sendo confirmada pela própria Maísa, no Programa Silvio Santos exibido no dia 12 de outubro de 2008, quando Silvio Santos perguntou a ela por que sempre usava vestidos e o mesmo penteado, Maísa o repondeu no ar : "É você que acha que eu sou parecida com a Shirley Temple."
A personagem "Darla Dimple", do longa-metragem de animação "Gatos não sabem dançar" ("Cats don't dance"), é o que se pode chamar de "versão cartunizada de Temple", pois ela fora baseada inteiramente em Shirley, desde o finalzinho do nome até a aparência.
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